Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas é a prevenção de acidentes ocupacionais, afinal, não é incomum que um colaborador venha a sofrer algum acidente durante sua rotina de trabalho e isso pode acontecer por conta de uma série de questões que vão desde a falta de treinamento adequado, seguindo pela falta de comunicação, a não utilização de EPIs e na maioria das vezes, tais incidentes podem ser evitados através do desenvolvimento da percepção de risco.
E é exatamente sobre isso que falaremos em nossa conversa de hoje. Como podemos desenvolver a percepção de risco em nossa equipe, garantindo a segurança do trabalho em todas as atividades que são realizadas pela empresa.
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Antes de tudo, é importante entender do que se trata a percepção de risco
Para que possamos compreender o assunto como um todo, precisamos antes de tudo entender o que é a percepção de risco do trabalhador. Sendo assim, podemos definir a percepção de risco como a capacidade de perceber os riscos existentes no ambiente em que o colaborador ocupa, assim como nas atividades que são exercidas ao longo da sua jornada de trabalho.
Já de imediato é possível perceber o quão importante é investir em treinamentos de conscientização para toda equipe, para que assim haja o desenvolvimento da sensibilidade da equipe em relação às questões de segurança, o que resulta na melhor percepção de risco do trabalhador.
É por esse motivo que a empresa precisa criar uma cultura de segurança, garantindo que os colaboradores participem de forma direta na eliminação dos riscos existentes.
Agregando conhecimento a respeito da importância da percepção de risco
Estar atento aos riscos e ter uma percepção geral a respeito dos riscos existentes é um fator fundamental para garantir a segurança do time. É por meio de uma visão mais reflexiva e consciente que a equipe como um todo se torna parte ativa no combate contra os acidentes.
Tendo isso em mente, podemos destacar que esse é um fator que contribui para tornar os trabalhadores capazes de entender a importância individual e coletiva das ações que são voltadas à prevenção dos riscos, diminuir a incidência de acidentes durante as jornadas de trabalho, assim como reduzir o número de afastamentos médicos por conta do exercício inadequado das atividades e estabelecer uma cultura de segurança que envolve toda a comunidade empresarial.
Fatores que influenciam na percepção de risco
A percepção do colaborador está associada aos seus conhecimentos, habilidades e também ao seu comportamento. É comum que os riscos deixem de ser analisados e o modo reativo passe a aparecer. Dessa forma, podemos citar alguns fatores que prejudicam a percepção de risco:
- Agir por impulso para resolver uma situação de forma rápida;
- Falta de planejamento na realização de tarefas;;
- Realizar as atividades no “automático”;
- Ter total sensação de controle;
- Excesso de confiança;
- Falta de capacitação;
- Familiaridade com a situação ou experiência no assunto.
Tendo isso em vista, podemos destacar que a percepção de risco é essencial tanto no ambiente de trabalho como na vida, afinal, é através dela que acidentes são evitados, assim como é estabelecido um trabalho totalmente seguro, organizado e produtivo.
Mas afinal, como melhorar a percepção de risco do trabalhador?
Conforme abordamos anteriormente, o planejamento adequado das tarefas permite a identificação de riscos e a tomada de ações para minimizá-los. Este processo pode ser realizado através da elaboração de procedimentos para atividades rotineiras, APR – Análise Preliminar de Risco e PT – Permissão de Trabalho.
Uma boa comunicação de segurança pode garantir o envolvimento de todos os colaboradores, líderes e gestores. É através de uma comunicação efetiva e clara que a empresa mostra que se preocupa com os trabalhadores. Esta comunicação deve ser desenvolvida com 2 focos: o primeiro é um processo contínuo da organização voltado a garantir que o tema segurança esteja sempre sendo tratado na companhia. Normalmente, este processo de comunicação é estruturado de maneira corporativa e utiliza banners, versos de crachá, mensagens nas telas de computador, mensagens nos celulares dos colaboradores, etc. O 2o. foco da comunicação é realizado associado ao planejamento das tarefas, quando as lideranças e o time conversam sobre os riscos potenciais da atividade a ser realizada. Neste momento, dá-se uma visão específica sobre a situação e para tanto, são utilizadas as ferramentas de planejamento já citadas (conforme parágrafo anterior: procedimentos, APR e PT).
Além disso, é fundamental trabalhar com o time nas “crenças” de cada pessoa do grupo, pois os colaboradores possuem histórico de vida, referências e experiências anteriores que moldam o seu comportamento em relação à segurança. A revisão das “crenças” e dos “valores” e em consequência o seu comportamento em segurança representam os pontos centrais dos projetos de Comportamento Seguro, também chamado de BBS.
A empresa que adota a Segurança Comportamental desenvolve a percepção de risco, muda o comportamento do indivíduo e do grupo e consegue a redução dos acidentes!
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