A liderança em Segurança pode ser definida como a capacidade da chefia de, no seio da sua organização, realizar uma união de forças em torno do objetivo primordial de fazer da Segurança uma parte da cultura da empresa, garantindo o comportamento seguro em todos os níveis da organização.
Uma liderança eficiente para a Saúde e Segurança do Trabalho tem o papel de garantir que as atividades sejam realizadas sem desvios, mantendo a cultura de segurança dentro da empresa, com base na prevenção e no cuidado mútuo.
A fim de ajudar a garantir o comportamento seguro na sua empresa, na conversa de hoje falaremos sobre quais são as principais competências e atribuições de um líder em segurança, qual é o método mais eficaz para a mudança de comportamento na equipe, qual a importância dos indicadores de SST e quais posturas da liderança ajudam na gestão de segurança e na cultura do comportamento seguro. Quer saber mais sobre esse tema? Venha conosco!
Quais são as principais competências e atribuições de um bom líder em segurança?
Um líder é um indivíduo capaz de influenciar os subordinados e colegas, por meio de atitudes e comportamentos que se elevam em meio às rotinas do dia a dia e do respeito que a sua conduta diária é capaz de proporcionar.
Um dos objetivos do líder moderno e antenado é influenciar a sua equipe para transformar a mentalidade da empresa e dos seus funcionários, sendo capaz de produzir qualidade de vida no trabalho e criar uma cultura prevencionista.
Desta forma, suas principais competências e atribuições são:
1 – Integridade: O líder em segurança deve levar em consideração as consequências morais e éticas das decisões a tomar. As atitudes idôneas despertam admiração, credibilidade e inspiram as pessoas a seguirem as melhores práticas com mais consciência.
Líderes que desejam agir com integridade em Saúde e Segurança devem assumir e comunicar com verdade seu desempenho e todos os planos para virar o jogo e alcançar a excelência no tema.
2 – Construir confiança: O líder deve promover o sentimento de orgulho nas outras pessoas, ao serem associadas a um bom líder. Ele deve ir além de seus interesses para o bem do grupo, o bem maior.
A conduta do líder deve refletir o que ele fala. O discurso e a ação devem ser coerentes e muito próximos, pois essa equação garante credibilidade e clareza nos relacionamentos.
3 – Incentivar a inovação: É importante reexaminar pressupostos críticos, buscando obter perspectivas que sejam diferenciais ao resolver problemas. Desta forma, o líder poderá colaborar efetivamente para que as pessoas consigam enxergar os problemas sob diversos ângulos e dimensões reais.
4 – Liderar pelo exemplo: O método mais eficaz para a mudança de comportamento em uma equipe é o exemplo e este deve partir do topo, cabendo à liderança estar sempre engajada com os temas de prevenção de acidentes e doenças e demonstrar aos colaboradores, através de atitudes, a importância do cumprimento dos processos de segurança.
5 – Recompensar realizações: A recompensa e reforço positivo à equipe diante do comportamento seguro é outra maneira eficaz de modificar seu comportamento, tendo em vista que o reconhecimento de uma prática positiva ajuda a estabelecê-la como parte do padrão de trabalho daquele colaborador.
6 – Boa comunicação: A comunicação entre o líder e sua equipe é essencial para o alinhamento de objetivos e estabelecimento da confiança dentro da relação de trabalho.
Sem uma comunicação adequada, não é possível estabelecer com clareza as medidas necessárias para alcançar os objetivos de SST na empresa. Sem ela, a confiança nas capacidades do líder fica abalada.
Sendo assim, é importante que se comece todo o processo da comunicação pela estratégia. Ou seja, é preciso que se transmita de forma clara e objetiva as informações sobre a missão, valores, visão, crença, Política de Segurança, Regras de Ouro e objetivos, com ênfase nos indicadores proativos e reativos, além de informações específicas relacionadas à função de todo colaborador, do presidente aos funcionários de nível operacional..
Qual a importância dos indicadores no controle e na melhoria da saúde e segurança do trabalho – SST?
Muitas vezes trabalhamos com indicadores reativos e isso não significa que há uma ferramenta de melhoria sendo aplicada. Os resultados são pontuais, focados em acidentes e não, de fato, na gestão de Saúde e Segurança, como deve ser.
A liderança deve estar sempre a par das métricas necessárias para quantificar e gerenciar os fatores de risco da segurança do trabalho.
Para tal, é importante trabalhar com indicadores proativos e reativos simultaneamente. Entenda como funcionam:
Proativos::
– Quantidade de quase-acidentes e condições inseguras (abaixo do padrão);
– Porcentagem de aderência ao plano de inspeções e observações comportamentais;
– Observações referentes à segurança comportamental por funcionário (resultados das observações);
– Indicador da implementação de ações de correção, ações corretivas e de melhoria;
– Participação em DDS;
– Horas de treinamento em Saúde e Segurança por funcionário;
– Realização de exames médicos periódicos (realizado X planejado)
Reativos:
– Lesões registradas para cada milhão de horas trabalhadas
– Doenças registradas para cada milhão de horas trabalhadas
– Lesões com atendimento de primeiros-socorros para cada milhão de horas trabalhadas
– Porcentagem de dias perdidos em licenças médicas geradas no trabalho
Quais são as posturas da liderança que auxiliam em uma gestão de segurança eficaz?
Para alcançar uma gestão segura, a liderança deve adotar algumas posturas, tais como:
1 – Segurança como um valor: Um bom líder é aquele que, além de se preocupar com questões ligadas a produtividade, procura levar a termo as políticas de Segurança e Saúde Ocupacional desenvolvidas: jornada de trabalho adequada, desenvolver uma operação segura, questões ligadas à ergonomia, bem-estar, entre outros fatores, são as suas verdadeiras metas, além de produzir.
2 – Ser aberto a sugestões: O líder também deve saber se comunicar com todos os setores de uma organização, da chefia ao chão de fábrica. Os funcionários devem se sentir à vontade para dar sugestões, tirar dúvidas, fazer reclamações e, até mesmo, decidir o que é melhor para o seu setor. Isto é, fazer valer o que a ISO 45001 estabelece: incentivar a participação e consulta do trabalhador!
3 – Valorizar os funcionários: O funcionário deve se sentir parte do processo e da solução. O líder tem o papel de convencer os empregados a segui-lo em seu projeto de iniciar uma melhoria da cultura.
4 – Aval do alto escalão: Apenas boa vontade não é o suficiente para se melhorar a cultura de uma empresa. É preciso que o líder tenha o apoio da alta gerência, que também deve estar envolvida no projeto.
Tal projeto exige liberdade para realizar modificações organizacionais, gerenciamento de conflitos, alinhamento com o setor de compliance, ações de marketing, entre outras iniciativas que podem tocar nos fundamentos da empresa.
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