Sabia que, independente do porte da sua empresa, ter as melhores práticas na segurança do trabalho é essencial para garantir o bem estar dos colaboradores?
A saúde e a segurança do trabalhador devem ser prioridades para qualquer gestão, não apenas por questões legais como também pelo seu valor para a empresa e sua equipe.
Ao zelar pela saúde dos colaboradores antes, durante e depois da jornada de trabalho, a liderança pode fazer com que eles fiquem mais satisfeitos e produtivos, gerando resultados cada vez mais positivos.
Mas quais seriam as melhores práticas na segurança do trabalho? Na conversa de hoje você ficará sabendo o que é a segurança do trabalho, qual a sua importância na empresa para evitar acidentes, quais são as principais práticas e a importância dos treinamentos no tema. Quer saber mais? Venha conosco!
O que é a segurança do trabalho? Qual a sua importância na empresa para a prevenção de acidentes?
Segurança do trabalho é o conjunto de normas, atividades, medidas e ações preventivas praticadas para melhorar e garantir a segurança dos ambientes de trabalho. Ela também atua na identificação de situações de risco, na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, além de proteger a integridade física do trabalhador.
A segurança do trabalho é um setor importantíssimo para qualquer empresa, pois zela pela qualidade de vida e mantém um ambiente de trabalho seguro, o que influencia diretamente na produtividade e na redução dos custos, afinal, as ações prevencionistas evitam gastos com o tratamento de um funcionário acidentado e com processos judiciais.
Os profissionais que atuam na segurança do trabalho visam manter um ambiente livre de riscos de acidentes e doenças ocupacionais, sempre em caráter preventivo, evitando possíveis danos ao time de empregados e à empresa.
No Brasil, as regras para prevenção da segurança e saúde do trabalho são estabelecidas nas Normas Regulamentadoras — as NRs, decretos e portarias que determinam as atividades de planejamento e controle na organização para evitar os acidentes e doenças durante o exercício das atividades profissionais. Há NRs de diversos temas, como por exemplo a segurança em eletricidade (NR10) e na manipulação de produtos inflamáveis e combustíveis (NR20). Além disso, as empresas também podem contar com Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança de caráter voluntário, que atendem a OHSAS 18001 (que está caindo em desuso) e a ISO 45001.
É imprescindível que todo empreendimento adote as melhores práticas na segurança do trabalho. Para tal, a NR4 estabelece a necessidade da empresa manter um SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, formado por profissionais de segurança de nível técnico e/ou superior, médicos e enfermeiros do trabalho. O dimensionamento desta equipe varia de acordo com o número de empregados e o grau de risco da empresa.
Quais são as melhores práticas na segurança do trabalho?
A fim de promover maior qualidade de vida entre os colaboradores, evitando acidentes e doenças ocupacionais, como lesões e dores no corpo ou limitações nas atividades cotidianas, sejam elas temporárias ou permanentes, é necessário adotar as melhores práticas na segurança do trabalho. Dentre elas, podemos citar:
1 – Invista em treinamentos constantes: Promover treinamentos técnicos e comportamentais sobre procedimentos de segurança para todos os colaboradores é imprescindível para garantir a conscientização de todos. No entanto, os treinamentos precisam ser adequados às atividades e riscos de cada cargo. Desta forma, os funcionários serão capazes de identificar riscos, controlando e eliminando-os imediatamente. Chamamos atenção que a empresa deve manter uma sistemática de controle da competência da sua equipe de forma a garantir que somente pessoal qualificado realize atividades com risco elevado.
2 – Atenção aos EPIs: Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), são acessórios cujo uso destina-se a evitar acidentes e doenças. Realize uma verificação constante para avaliar as condições destes equipamentos e as viabilidades de uso. Por exemplo, no caso de um cinto de segurança que sofreu uma queda brusca, há necessidade da sua troca, afinal, ele poderá não cumprir com sua função em caso de queda de altura do usuário. Tais medidas devem ser estendidas a todos os EPIs.
3 – Foco nas ferramentas: As condições de uso das ferramentas de trabalho também devem ser inspecionadas regularmente. Não se deve usar ferramentas adaptadas ou construídas sem projeto adequado. Elas devem funcionar de maneira eficiente, garantindo a produtividade e evitando riscos ao trabalhador.
4 – Determine as responsabilidades pela segurança e crie um canal de comunicação: A comunicação sobre as responsabilidades e papéis dos colaboradores na segurança e saúde ocupacional deve ser aberta e constante. Para tal, é imprescindível criar um canal aberto que aborde claramente o papel de cada um na segurança do trabalho, garantindo que todos estejam sempre conscientizados. Deve ficar claro que segurança é responsabilidade de todos, desde a alta liderança até o operador. Cabe ao SESMT dar suporte e orientação ao processo.
5 – Elabore procedimentos, análises preliminares de risco e permissões de trabalho: Nosso objetivo deve ser sempre prover o controle operacional. Para tanto, é fundamental a criação de procedimentos que determinem o método para realização das tarefas mais perigosas. Para as atividades menos rotineiras, pode-se utilizar a análise preliminar de risco (APR) que é uma prática que visa identificar e controlar os riscos de acidentes. Por fim, antes da realização de tarefas com risco elevado, as NRs determinam a aplicação de permissões de trabalho – PT que visam a avaliação do ambiente e liberação prévia da atividade. A permissão de trabalho deve reunir todos os mecanismos de controle e fiscalização, visando à entrada e ao desenvolvimento de um trabalho seguro, além de protocolos específicos para casos de emergência e de resgate.
Seguem abaixo algumas NRs que determinam a realização de procedimentos, análise preliminar de risco e permissões de trabalho:
- NR 10 (segurança em instalações e nos serviços em eletricidade);
- NR 12 (segurança no trabalho em máquinas e equipamentos);
- NR 18 (condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção);
- NR 20 (segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis);
- NR 33 (segurança e saúde no trabalho em espaços confinados);
- NR 34 (condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval);
- NR 35 (trabalho em altura);
- NR 36 (segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados).
6 – Monitoramento do ambiente de trabalho: O ambiente de trabalho deve ser avaliado e monitorado constantemente e este é o papel do no PGR. Através dele, a empresa identifica situações de risco e planeja ações para minimizá-los. Isto também acontece no levantamento de perigos da ISO 45001 que identifica os perigos com riscos mais altos.
Além disso, antes do início das atividades a serem desempenhadas no dia, o colaborador deve ter o conhecimento sobre as condições de segurança do local e dos equipamentos que fará uso. Esta prática deve ser regular e com a orientação da gestão e do setor de segurança e/ou manutenção da empresa. A NR11, por exemplo, determina a avaliação da adequação dos equipamentos de movimentação antes do seu uso.
Treinamentos sobre segurança do trabalho: quais as vantagens?
Como mencionamos anteriormente, os treinamentos técnicos e de conscientização sobre segurança do trabalho são essenciais para a criação de uma cultura de segurança. Confira a seguir as principais vantagens de investir em treinamentos de segurança do trabalho:
- Desenvolvimento da percepção de perigos de cada colaborador
- Os funcionários assumem a responsabilidade por sua segurança pessoal e de seus colegas de trabalho;
- Conhecimento no uso das ferramentas prevencionistas;
- Redução dos índices de acidentes, incidentes e doenças;
Desta forma, é fácil entender como um bom treinamento pode ser uma das melhores práticas de segurança no trabalho!
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